Prout

  A visão da Teoria da Utilização Progressiva (Prout) é criar uma sociedade onde cada individuo pode desenvolver o seu potencial, e onde todos os recursos são utilizados de forma eficiente e sustentável. Prout oferece um modelo integral de transformação social, onde a justiçasustentabilidade e prosperidade giram em torno de uma economia centrada nas pessoas. A estrutura económica de Prout favorece a cooperação e uma liderança ética, colocando as necessidades vitais das pessoas e do planeta à frente do lucro ou dos interesses corporativos. O sistema sócio-económico de Prout é centrado no desenvolvimento de laços comunitários, de comunidades descentralizadas e sustentáveis, oferecendo soluções aos problemas da globalização. O modelo de desenvolvimento económico de Prout tem como objectivo transformar as corporações em cooperativas, mantendo, no entanto, um sector dinâmico de pequenas empresas privadas, bem como um governo eficiente servindo as pessoas e o ambiente.

  A Teoria da Utilização Progressiva (Prout) foi apresentada ao mundo em 1959 por P.R. Sarkar, um filósofo, pensador social e activista. Ele reconheceu os problemas dos modelos sociais e económicos actuais e propôs um novo sistema sócio-económico cujo propósito é servir as pessoas e o planeta.

 






A Economia de ProUT

  Prout apoia uma economia de mercado que vai ao encontro das diversas necessidades dos indivíduos e da sociedade enquanto um todo, sem comprometer o equilíbrio ecológico. Enquanto o capitalismo se foca na maximização de lucros para beneficiar a elite, a economia de Prout tem como objectivo criar bem-estar para todos. O objectivo é aumentar o nível de vida para que todos possam ter acesso às suas necessidades básicas, bem como a recursos para desenvolver as suas capacidades artísticas, intelectuais e espirituais.

 Para atingir uma economia saudável, Prout faz uso do principio da utilização máxima distribuição racional. Utilização máxima significa fornecer os productos e serviços para o consumo humano de forma adequada e sustentável, usando os meios mais eficientes e economicamente viáveis. Isto inclui o uso de tecnologias amigas do ambiente, usando o sistema do “berço-ao-berço” (cradle-to-cradle), para uma maior productividade por forma a manter um melhor equilíbrio entre a procura de produtos e o ecosistema. Também é predicada no planeamento coordenado da economia local, para evitar esforços redundantes e maximizar a cooperação.

 A distribuição racional refere-se ao lado da procura da economia. De acordo com Prout, uma economia saudável procura ter uma taxa de desemprego de 0%, da população que tem capacidades para trabalhar, para que possam adquirir bens básicos e serviços no mercado. Adicionalmente, salários adequados e rendimentos são essenciais para sustentar a procura cada vez maior e as necessidades da população. Para assegurar uma economia dinâmica, Prout sugere um mecanismo de incentivos para motivar aqueles com capacidades mais elevadas ou os mais trabalhadores. Por fim, a distribuição racional também inclui a distribuição de bens àqueles com necessidades especiais ou com incapacidades de trabalho.

Maheshvara PachecoProut